quarta-feira, 23 de junho de 2010
A Minha Avô
Aquela figura da minha Avô materna,mãe da minha mãe,carregada de luto preto pela morte do marido meu avô, e de um filho que eu não conheci,pessoa já muito frágil,devido ao estado avançado da sua idade,e pessoa que eu conheci bem,e ainda muito novo.E que veio a falecer na minha ausência,que nem tão pouco me despedi dela...Tratava uma propriedade aqui nas redondezas da capela do São Bartolomeu,e como semeava o trigo aqui numa propriedade vizinha,que por sinal era dumas primas dela,e familiares muito próxima,assim como da minha mãe...Mas a questão é que nesta capela os pardais faziam ninhos,e donde predominava a criação das respectivas aves em abundância...A senhora minha avô,devido ao seu estado de saúde,caminhava encostada ao seu pau,e dirigia-se para a propriedade todos os dias que Deus deitava ao mundo,afim de espantar as aves que lhe dominavam em crer comer toda a sementeira...O trigo ainda em espiga,e grão muito tenro,e leitoso era um dos maiores manjares para estas aves que não viam outra coisa de melhor para se alimentarem.Era um vai e vem de aves esvoaçando por todos os lados,e a senhora tinha que andar quase o dia todo fazendo barulho com um caldeiro para espantar as aves.Em contrapartida,depois de tanto trabalho que a minha avô teve com o amanho da terra,e da sementeira, as aves teimavam em não deixar um grão que fosse para a senhora idosa, minha avô,se alimentar...Um bando de pardais a solta,comeram o trigo que a minha avô deitou a terra,e que fazia falta para sua sobrevivência...A capela não é casa mortuária,mas até poderia ser,um local de culto afim de venerarmos os mortos que partem para a eternidade...
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